quarta-feira, 7 de julho de 2010

RESENHA: Educação e Cybercultura - A nova Relação com o saber.

Texto de Pierre Lévy


Segundo Lévy, “o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que
ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas: a memória (bancos de dados,
hipertextos, fichários digitais [numéricos] de todas as ordens), a imaginação (simulações), a percepção
(sensores digitais, telepresença, realidades virtuais), os raciocínios (inteligência artificial, modelização
de fenômenos complexos).”
Entendo que essas tecnologias facilitam a vida das pessoas, num universo abrangente de novidades, possibilitando uma exploração maior do conhecimento, novos pensamentos, várias idéias, favorecendo ao contato maior e mais vasto de acesso a informação.
Outro ponto é essas tecnologias como a memória, softwares , onde ficam armazenados documentos e pode ser disponibilizado em redes e podendo ser compartilhadas, faz com que os homens trabalhem em grupo, ou seja, coletivamente. Essas ferramentas facilita o acesso das pessoas com a informação.
Lévy diz que, saber-fluxo, o saber-transação de conhecimento, as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva estão modificando profundamente os dados do problema da educação e da formação. O que deve ser aprendido não pode mais ser planejado, nem precisamente definido de maneira antecipada. Os percursos e os perfis de competência são, todos eles, singulares e está cada vez menos possível canalizar-se em programas ou currículos que sejam válidos para todo o mundo. Devemos construir novos modelos do espaço dos conhecimentos.
Entretanto, deve-se planejar com objetivos emergentes, de uma forma contínua , e não se apegar as idéias lineares, fazendo sempre de acordo com a evolução e modificações que estão acontecendo na sociedade, inovando sempre o nosso conceito.

Assim Lévy ressalta que tornam-se necessárias duas grandes reformas dos sistemas de educação e formação.Primeiro, a adaptação dos dispositivos e do espírito do aprendizado aberto e à distância (AAD) no cotidiano e no ordinário da educação. E a segunda reforma envolve o reconhecimento do aprendido. Ainda que as pessoas aprendam em suas experiências profissionais e sociais, ainda que a escola e a universidade estejam perdendo progressivamente seu monopólio de criação e transmissão do conhecimento, os sistemas de ensino públicos podem ao menos dar-se por nova missão a de orientar os percursos individuais no saber e contribuir para o reconhecimento do conjunto de know-how das pessoas, inclusive os saberes não acadêmicos.
Entendo que com a AAD, é preciso que o aluno tenha o conhecimento das tecnologias da cybercultura, por tanto é preciso que na pedagogia favoreça ao aluno esse aprendizado. Em relação ao reconhecimento do aprendido, é preciso valorizar a criação e o conhecimento dos indivíduos, não só apenas valorizar o conhecimento acadêmicos. Prova disto, é que podemos ver hoje em dia o quanto vem ocupando as universidades a educação a distância.
De acordo com Lévy Os sistemas de educação estão sofrendo hoje novas obrigações de quantidade, diversidade e velocidade de evolução dos saberes. Num plano puramente quantitativo, jamais foi tão maciça a demanda por formação.
As escolas e universidades estão cada vez mais cheias, e a questão é a demanda de formação de professores para utilizar todas as técnicas como: audiovisual, cabo, computador, internet, sistema operacional, em fim, todas essas novas tecnologias. Segundo Lévy, A demanda por formação não só está passando por um enorme crescimento quantitativo, como também está sofrendo uma profunda mutação qualitativa, no sentido de uma crescente necessidade de diversificação e personalização.
No meu ver , a questão também seria os custos que uma escola gastaria, no caso pública, teriam, com esses avanços tecnológicos, dificuldade para obter essas ferramentas.

O ponto principal nesse texto , para Lévy, é é a mudança qualitativa nos processos de aprendizado. Procura-se menos transferir cursos clássicos em formatos hipermídia interativos ou abolir a distância do que implementar novos paradigmas de aquisição dos conhecimentos e de constituição dos saberes. Pra ele a perspectiva da inteligência coletiva no campo educativo, é a
do aprendizado cooperativo.
Contudo , vejo que a cybercultura faz com que a interação entre as formas de conhecimento seja mais favorável aos alunos, como exemplo a vastas fontes de pesquisas, os intercâmbios, a comunicação coletiva, o aprendizado coletivo, as várias informações, dentre outros. E cabe ao professor se inserir nesse mundo de cybercultura, tornando-se um “animador da inteligência coletiva”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário